Autoridades da Itália discordaram nesta quarta-feira (16) sobre a ideia de candidatar o Palio de Siena, uma das manifestações culturais e esportivas mais famosas do país, a patrimônio cultural imaterial da Unesco.
Com origens que remontam à Idade Média, a disputa acontece duas vezes por ano (2 de julho e 16 de agosto) na Piazza del Campo, coração do centro histórico de Siena, na Toscana, e atrai milhares de pessoas a cada edição.
"É preciso retomar a iniciativa para o reconhecimento do Palio de Siena como patrimônio cultural imaterial da Unesco. Siena merece isso", afirmou o governador da Toscana, Eugenio Giani, no dia da segunda prova deste ano.
"O Palio não é apenas uma corrida de cavalos, é muito mais: é amor, tradição e conservação dos valores mais autênticos", reforçou.
No entanto, a prefeita de Siena, Nicoletta Fabio, de centro-direita, foi na direção oposta e disse que um projeto do tipo deve partir das "contrade", como são chamados os distritos que competem no Palio. "Eu não teria essa intenção neste momento", declarou.
Ao todo, Siena conta com 17 "contrade", sendo que, em cada prova, os jóqueis de 10 delas são escolhidos para dar três voltas na Piazza del Campo, passando ao redor de uma multidão ensandecida.
O vencedor leva para seu distrito um estandarte criado especialmente para cada edição, além da glória de ter derrotado as "contrade" adversárias. A corrida também é alvo frequente de ONGs animalistas, que denunciam supostos maus-tratos aos cavalos, o que os organizadores negam. (ANSA)
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