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Primeiro palácio imperial de Roma é reaberto após 50 anos

Primeiro palácio imperial de Roma é reaberto após 50 anos

Ministro da Cultura da Itália participou de inauguração

ROMA, 21 de setembro de 2023, 10:33

Redação ANSA

ANSACheck

Local foi reaberto ao público com projeto especial de iluminação - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Considerado o primeiro palácio imperial no Monte Palatino, a Domus Tiberiana foi reaberta ao público na última quarta-feira (20) com vista para os Fóruns Romanos quase 50 anos depois de ter sido fechada devido a problemas estruturais.

Após um intenso trabalho de restauração e novas escavações, os visitantes da capital italiana poderão voltar a caminhar sob os arcos da grandiosa residência imperial. A principal vista é o vale dos Fóruns Romanos que o imperador Tibério mandou construir no século I a.C.

O percurso entre o Fórum e o Palatino, através da rampa Domiciana e dos jardins Farnésios, se estende por cerca de quatro hectares e dá ao visitante a percepção do antigo caminho que o imperador e a sua corte percorreram para chegar à sua residência privada através da estrada coberta, o Clivo della Vittoria.

"Hoje, acrescentamos um resultado histórico: a abertura ao público da Domus Tiberiana, que finalmente restabelece o percurso contínuo entre o Fórum Romano e o Palatino através dos espaços sugestivos do Palácio Imperial", celebrou o ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, durante a inauguração.

No trajeto também será possível admirar a história do monumento ao longo dos séculos, graças à nova exposição museológica dividida em 13 ambientes.

A mostra "Imago Imperii" tem curadoria de Alfonsina Russo, Maria Grazia Filetici, Martina Almonte e Fulvio Coletti e é onde, entre outras coisas, os deslumbrantes móveis são recolhidos para contar a história do palácio, cujas bases foram lançadas por Nero e sofreram transformações subsequentes por Domiciano e Adriano.

Além disso, o projeto "Light Architecture da Areti", empresa do Grupo Acea, iluminará a fachada do palácio de Tibério com tecnologia de luz dinâmica.

Tibério, segundo imperador de Roma após a morte de César Augusto, ordenou a construção da residência que serviu de base para o complexo construído pelos seus sucessores, incluindo Nero. O grande incêndio da "cidade eterna" danificou o palácio gravemente em 64 d.C, mas a estrutura chegou a ser incorporada na Domus Aurea de Nero.

Logo após as restaurações de Domiciano e Adriano, o edifício passou a abrigar o papa João VII. No entanto, caiu em desuso na Idade Média, até o cardeal Alexander Farnese construir os Jardins Farnese. Em 1970, porém, foi ofuscado e teve a entrada ao público encerrada por risco de desabamento.
   

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