A reabertura do Corredor Vasariano, em Florença, fechado ao público desde agosto de 2016 por razões de segurança, está prevista para maio de 2024, anunciou o diretor das Galerie degli Uffizi, Eike Schmidt, nesta quarta-feira (11).
A expectativa é de que a inauguração seja feita após as obras de adaptação e ajustes estruturais no ano que vem, por ocasião do aniversário do massacre de Georgofili, ocorrido na noite entre 26 e 27 de maio de 1993.
"Hoje entramos na fase final das obras para a reabertura do Corredor Vasariano, porque muitas das medidas de adaptação aos requisitos de prevenção de incêndios e ar condicionado e também de adaptação aos regulamentos de acessibilidade já estão concluídas e, portanto, nós agora estamos prontos para terminar, dar os últimos retoques na obra estrutural e do sistema, e depois iniciar a montagem", explicou o diretor.
O anúncio foi por Schmidt, à margem de uma coletiva de imprensa sobre a doação da Fundação Edwin L. Wiegand de US$ 1 milhão, valor que será usado para concluir a restauração do local.
Segundo ele, a quantia será usada para criar as instalações que irão fazer do Corredor Vasariano uma verdadeira viagem de memória, desde as epígrafes romanas e os retratos em mármore da antiguidade clássica até aos afrescos destacados do século XVI, desde o espaço comemorativo da "Noite das Pontes" até o local dedicado ao "Massacre de Georgogili".
"Estes ataques feriram profundamente o Corredor Vasariano, juntamente com toda a cidade de Florença", lembrou Schmidt, revelando que não serão expostas pinturas no novo museu, devido à proibição do Corpo de Bombeiros relacionada à introdução de material inflamável.
O diretor explicou ainda que as obras de restauro têm quatro objetivos: melhorar a segurança estrutural; adaptar o edifício às normas de prevenção de incêndios, incluindo a reabertura e normalização das ligações verticais pré-existentes e a criação de novas vias de emergência; tornar o corredor acessível com pisos nivelados e elevadores; e adaptar sistemas e contenção de energia.
A intervenção, iniciada no final de 2021, foi afetada pela descoberta de danos estruturais que exigiram importantes obras de consolidação, em particular nos pontos vulneráveis às explosões de 1944 e 1993.
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