O Exército de Israel já concluiu todos os preparativos para invadir Rafah, cidade do sul da Faixa de Gaza que é tida como o último bastião do grupo fundamentalista islâmico Hamas no enclave palestino.
Segundo o jornal Haaretz, as Forças de Defesa Israelenses (IDF) aguardam apenas a aprovação do governo do premiê Benjamin Netanyahu à ofensiva, apesar dos alertas da comunidade internacional de que um eventual ataque em Rafah pioraria a já catastrófica crise humanitária em Gaza.
Situada na fronteira com o Egito, a cidade abriga centenas de milhares de refugiados que escaparam de outras regiões do enclave e não teriam mais para onde fugir no caso de uma invasão israelense.
O chefe do Shin Bet, serviço de segurança interna de Israel, Ronen Bar, e o comandante do Estado-Maior das IDF, general Herzi Halevi, estiveram no Egito na manhã desta quarta-feira (24) para discutir a iminente ofensiva em Rafah, segundo o portal Axios.
O Cairo teme que os habitantes do município palestino cruzem a fronteira para escapar dos ataques israelenses.
A ONU e até mesmo potências ocidentais, tradicionais aliadas de Israel, vêm alertando contra os riscos humanitários de uma ofensiva em Rafah. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, lembrou nesta quarta que os países do G7 "expressaram oposição a uma eventual operação militar" na cidade e pediram que "todas as partes evitem novas escaladas".
"O cessar-fogo é necessário para o acesso humanitário e a libertação dos reféns", acrescentou. (ANSA)
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