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Netanyahu promete invadir Rafah 'com ou sem acordo'

Netanyahu promete invadir Rafah 'com ou sem acordo'

Hamas estuda proposta de trégua temporária na Faixa de Gaza

ROMA, 30 abril 2024, 10:08

Redação ANSA

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Campo de refugiados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza © ANSA/AFP

O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (30) que o exército vai invadir Rafah, no sul da Faixa de Gaza, independentemente de um eventual acordo com o grupo fundamentalista Hamas para uma trégua provisória.
    "A ideia de colocar fim à guerra antes de alcançar todos os nossos objetivos é inaceitável. Nós entraremos em Rafah e aniquilaremos todos os batalhões do Hamas, com ou sem acordo, para obter uma vitória total", afirmou o primeiro-ministro em encontro com familiares de reféns do grupo palestino.
    A comunidade internacional teme possíveis efeitos catastróficos de uma eventual incursão em larga escala em Rafah, cidade que abriga mais de 1 milhão de pessoas e se tornou destino de refugiados de outras regiões de Gaza.
    Até mesmo aliados tradicionais de Israel, como Estados Unidos, Reino Unido e Itália, já manifestaram oposição a uma ofensiva contra Rafah.
    Enquanto isso, o Hamas estuda uma proposta de trégua temporária em troca da libertação de todos os reféns ainda mantidos em cativeiro. Segundo a imprensa israelense, o governo Netanyahu espera uma resposta do grupo islâmico até a noite de quarta-feira (1º).
    Tanques já estão posicionados na fronteira sul de Gaza, a menos de 10 quilômetros de Rafah, e aguardam apenas autorização para iniciar a incursão.
    Na última segunda (29), o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, disse que a proposta de acordo prevê "40 dias de cessar-fogo" e a possível libertação de "milhares de prisioneiros palestinos", em troca da devolução de "todos os reféns" mantidos pelo Hamas.
    Já o diário americano The Wall Street Journal fala em um pacto de duas fases: a primeira implicaria a soltura de pelo menos 20 reféns ao longo de três semanas, em troca de um número impreciso de prisioneiros palestinos; a segunda incluiria um cessar-fogo de 10 semanas, durante o qual as duas partes negociaram a soltura de mais reféns e uma pausa ainda mais prolongada nos combates.
    A guerra foi deflagrada em 7 de outubro, após atentados do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel. Desde então, os ataques israelenses na Faixa de Gaza já mataram 34,5 mil palestinos, segundo as autoridades locais. (ANSA)

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