O governador da região italiana da Ligúria, Giovanni Toti, de centro-direita, foi colocado nesta terça-feira (7) em prisão domiciliar no âmbito de uma investigação por suspeita de corrupção.
O político e jornalista é acusado de ter recebido 74,1 mil euros (R$ 405 mil) e promessas de financiamento dos empresários dos setores logístico e imobiliário Aldo e Roberto Spinelli, em troca de favores do poder público, incluindo a privatização de uma praia na costa lígure, a facilitação dos trâmites para a construção de um complexo imobiliário e a renovação da concessão de um terminal portuário em Gênova, capital da região.
Aldo Spinelli também foi posto em regime de prisão domiciliar, bem como Matteo Cozzani, chefe de gabinete de Toti e que, além de corrupção, é acusado de facilitar a atividade de um clã da máfia Cosa Nostra em Gênova. Já Roberto Spinelli, filho de Aldo, é investigado, mas não sofreu medidas preventivas.
O ex-presidente da Autoridade do Sistema Portuário do Mar Lígure Ocidental Paolo Emilio Signorini, atual CEO da empresa de luz e gás Iren, também foi preso, mas em regime fechado.
O inquérito ainda investiga Francesco Moncada, membro do conselho de administração da rede de supermercados Esselunga e que teria prometido financiamentos ilícitos a Toti e Cozzani em troca de acelerar os trâmites para a abertura de dois pontos de venda da empresa na Ligúria.
Após as prisões, a Guarda de Finanças, equivalente à Polícia Federal na Itália, fez uma busca e apreensão no apartamento do governador em Gênova. Toti, que acompanhou a operação, disse que não poderia dar declarações, mas seu advogado, Stefano Savi, garantiu que o político está "sereno" e vai "explicar tudo". (ANSA)
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