Os principais partidos da União Europeia teriam chegado a um acordo para reconduzir a conservadora alemã Ursula von der Leyen à presidência do poder Executivo do bloco.
Segundo fontes diplomáticas que acompanham a reunião do Conselho de Assuntos Gerais em Luxemburgo, o pacto também prevê a nomeação do ex-premiê socialista de Portugal António Costa para presidente do Conselho Europeu, e da primeira-ministra liberal da Estônia, Kaja Kallas, como alta representante da UE para Política Externa.
Esses dois últimos cargos são ocupados hoje pelo belga Charles Michel e pelo espanhol Josep Borrell, respectivamente. "Não há outros nomes em discussão", garantiram as fontes.
O acordo deve ser discutido pelos líderes na reunião do Conselho Europeu marcada para 27 e 28 de junho, em Bruxelas. A premiê da Itália, Giorgia Meloni, ainda resiste à permanência de Von der Leyen no comando da Comissão Europeia e tenta emplacar um comissário de peso para o país.
O acordo para os cargos de liderança na UE inclui o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, e os grupos Socialistas e Democratas (S&D), de centro-esquerda, e Renovar Europa, de centro, que terão maioria na próxima legislatura no Parlamento Europeu e tentam isolar a ascendente extrema direita.
O pacto não contempla o grupo Reformistas e Conservadores Europeus (ECR), do qual fazem parte a legenda Irmãos da Itália (FdI), liderada por Meloni, e o partido de extrema direita espanhol Vox.
A expectativa é de que Meloni negocie diretamente com Von der Leyen a pasta destinada à Itália na próxima Comissão Europeia. (ANSA)
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