O governo italiano anunciou nesta quarta-feira (7) a instituição de uma força-tarefa permanente para acompanhar a situação na Venezuela, em decorrência da crise política inflamada entre o regime de Nicolás Maduro e a oposição após as eleições presidenciais de 28 de julho.
A iniciativa foi criada na sede da Farnesina por recomendação do vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, para acompanhar os acontecimentos no território venezuelano, onde mais de 20 de pessoas foram mortas em uma repressão aos protestos contra a reeleição supostamente fraudulenta de Maduro.
Na primeira reunião presidida pelo secretário-geral da pasta, embaixador Riccardo Guariglia, foram abordados os temas relacionados com a emergência e examinadas as iniciativas a serem tomadas nas próximas semanas.
Em coordenação com a Embaixada em Caracas e os consulados de Caracas e Maracaibo, haverá um acompanhamento contínuo da evolução da situação e dos problemas relativos aos adversários políticos e aos cidadãos italianos. Tudo será sujeito a medidas das autoridades locais. Ontem, Tajani já havia declarado que o governo italiano está acompanhando de perto a situação de seus cidadãos detidos na Venezuela e sua equipe chegou a realizar inspeções nas delegacias onde eles estão.
O ministro italiano explicou ainda que foi solicitada uma autorização para realizar visitas consulares que possam averiguar as condições de saúde e detenção, bem como a garantia de seus direitos de defesa.
Por fim, destacou a atuação da embaixada e dos consulados da Itália no país sul-americano, além dos serviços de "unidade de crise" do Ministério das Relações Exteriores aos 160 mil italianos residentes na Venezuela.
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