O secretário de Energia da Argentina, Eduardo Rodríguez Chirillo, afirmou nesta quinta-feira (26) que o país poderá "garantir a demanda de gás do Brasil por muitos anos em condições competitivas".
De acordo com Chirillo, que participou do fórum Rio Oil and Gas (Rog-e), no Rio de Janeiro, isso só será possível graças à produção dos campos da reserva patagônica de Vaca Muerta.
O argentino detalhou que as exportações para o vizinho serão realizadas através da Bolívia com o auxílio de um gasoduto existente, onde estão em andamento trabalhos de reversão de fluxo e que serão concluídos em outubro.
A ideia do governo de Javier Milei é que, na primeira fase do projeto, até março de 2025, Vaca Muerta envie cerca de 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia para as províncias do norte da Argentina e que o restante, estimado em cerca de quatro milhões de metros cúbicos, possa ser exportado para o Brasil.
O funcionário analisou que o volume de exportações poderá aumentar significativamente quando for concluída a construção de novos gasodutos que ligam o norte da Argentina e o sul do Brasil.
A Argentina já concedeu as primeiras licenças às petrolíferas que operam em Vaca Muerta para começarem a exportar para o Brasil. Além disso, estão sendo desenvolvidos projetos para transportar cerca de 34 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
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