Edmundo González Urrutia, ex-candidato à Presidência da Venezuela nas eleições de julho passado e considerado "presidente eleito" pela oposição e por alguns países, denunciou na última terça-feira (7) o sequestro de seu genro, Rafael Tudares, em Caracas.
"Rafael se dirigia à escola dos meus netos para deixá-los para o início das aulas. Foi interceptado por homens encapuzados, vestidos de preto, colocado em uma van de cor dourada, placa AA54E2C, e levado", disse o opositor no X.
A denúncia chegou a três dias da posse de Nicolás Maduro para seu quarto mandato, no próximo dia 10 de janeiro.
Também na terça, a legenda antichavista Vontade Popular acusou o atual regime de "sequestrar" o ex-vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e ex-candidato à Presidência Enrique Márquez.
Alvo de mandados de prisão na Venezuela, González recebeu asilo político na Espanha e iniciou recentemente um tour pelas Américas, tendo sido recebido pelos presidentes da Argentina, do Uruguai e dos Estados Unidos.
O oponente de Maduro prometeu comparecer em Caracas no dia 10 para assumir o governo, apesar de o regime chavista ameaçar prendê-lo.
O vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, afirmou no X que "a notícia do sequestro do genro de Edmundo González Urrutia se trata, mais uma vez, de uma violação dos direitos fundamentais".
O italiano reforçou ainda que seu país continuará a pedir pela libertação de Tudares, além de "continuar a trabalhar até que a Venezuela siga um caminho de liberdade e democracia".
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