Os rebeldes iemenitas houthis assumiram nesta terça-feira (18) a responsabilidade pelo terceiro ataque em 48 horas contra porta-aviões dos Estados Unidos, em retaliação ao bombardeio americano contra o grupo no último fim de semana.
Em uma publicação no Telegram, milícias xiitas apoiadas pelo Irã disseram que tinham como alvo o grupo do porta-aviões norte-americano Harry S.
Truman, com mísseis e drones, no norte do Mar Vermelho.
Esse mesmo grupo de embarcações já havia sido atacado no domingo passado. De acordo com a milícia, os rebeldes não vão recuar diante das ameaças feitas pelo governo norte-americano, pois estão em guerra contra os EUA.
Na última segunda-feira (17), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o Irã é responsável pelos ataques dos houthis. Em um post na rede social Truth Social, o magnata também acusou o país de se colocar como "vítima inocente" e afirmou que haverá consequências "terríveis" pelas ações.
Por sua vez, o Irã denunciou as declarações "beligerantes" do republicano sobre o apoio de Teerã aos rebeldes, alertando que qualquer ato de agressão teria "graves consequências" pelas quais Washington deve assumir "total responsabilidade".
"Gostaria de expressar minha profunda preocupação e condenação inequívoca às recentes declarações belicosas de altos funcionários do governo dos Estados Unidos, incluindo o presidente Trump, que estão tentando desesperadamente justificar os ataques dos EUA no Iêmen e ameaçando abertamente usar a força contra o Irã", escreveu o embaixador iraniano, Amir Saeid Iravani, em uma carta ao Conselho de Segurança da ONU.
Para Mohsen Rezaei, membro do Conselho para o Discernimento e ex-chefe da Guarda Revolucionária, Trump fez uma "aposta não calculada" com seus ataques contra os houthis.
"O presidente dos EUA, que se apresentou como um buscador da paz e um oponente da guerra, desencadeou sua primeira guerra ilegítima e cruel contra o Iêmen", escreveu Rezaei em seu perfil no X.
Segundo o iraniano, Trump "deixou inacabada a paz da Ucrânia, o sonho da anexação do Canadá aos Estados Unidos e o plano de ocupar o Canal do Panamá, e agora fez uma aposta não calculada".
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