O tenista número 1 do mundo, Novak Djokovic, apresentou recurso contra a decisão da Austrália de deportá-lo por não justificar a ausência de vacinação contra a Covid-19 para entrar no país.
O sérvio aterrissou em Melbourne na última quarta-feira (5), em busca de seu 10º título no Aberto da Austrália e de seu 21º troféu de Grand Slam, o que o isolaria como maior vencedor da história, à frente de Roger Federer e Rafael Nadal.
No entanto, Djokovic, que nunca escondeu sua postura antivax, teve seu visto cancelado por não apresentar justificativa médica válida para não comprovar vacinação contra a Covid-19.
Após um recurso judicial de emergência, um juiz determinou que o astro não pode ser deportado antes da próxima segunda-feira (10), quando haverá uma audiência sobre o caso - o Aberto da Austrália começa em 17 de janeiro.
Ao longo da semana, o próprio Djokovic havia anunciado em suas redes sociais que conseguira um atestado médico para disputar o primeiro Grand Slam do ano, porém sem jamais explicitar o motivo.
A notícia provocou indignação na Austrália e críticas até do premiê conservador Scott Morrison, que rechaçou a hipótese de dar tratamento especial a um dos maiores astros do esporte mundial na atualidade.
"Regras são regras", disse o primeiro-ministro, que tentará a reeleição no primeiro semestre. O caso, no entanto, ganhou contornos de crise diplomática com uma defesa enfática de Djokovic pelo presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic.
"Toda a Sérvia está com ele, e nossas autoridades estão tomando todas as medidas para interromper o quanto antes os maus-tratos contra o melhor tenista do mundo. A Sérvia vai lutar por Novak Djokovic, pela justiça e pela verdade", prometeu.
Já o tenista espanhol Rafael Nadal disse que cada pessoa é "livre para tomar suas próprias decisões", mas precisa aceitar as "consequências". Até a solução do caso, Djokovic deve ficar em um hotel usado pela Austrália como centro de detenção para imigrantes. (ANSA)
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