O suspeito de ter acessado ilegalmente quase 7 mil vezes as contas bancárias de clientes VIPs, incluindo a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, foi alvo de uma operação policial na última quinta-feira (10).
Agentes da Polícia Judiciária designados pelo Ministério Público de Bari revistaram a casa do ex-funcionário do banco Intesa Sanpaolo, demitido em agosto passado por espionar as contas bancárias de 3.572 clientes, e apreenderam smartphones, tablets, discos rígidos e diversos dispositivos tecnológicos que serão alvos de perícia.
O suspeito, identificado pela imprensa como Vincenzo Coviello, foi indiciado por acesso não autorizado a sistemas informáticos e tentativa de obtenção de informações relativas à segurança do Estado.
Em nota, o procurador de Bari, Roberto Rossi, explica que o inquérito foi aberto a partir da denúncia de um correntista do grupo Intesa Sanpaolo. Desta forma, os investigadores apuraram e documentaram que, no período entre 21 de fevereiro de 2022 e 24 de abril de 2024, o ex-funcionário realizou um total de 6.637 acessos não autorizados aos dados de 3.572 clientes de 679 agências do grupo bancário.
Especificamente, o ex-funcionário visualizou os dados de inúmeras figuras do mundo da política, do entretenimento e do esporte. Entre eles Meloni, seu ex-parceiro Andrea Giambruno e sua irmã Arianna, que chefia o secretariado do partido Irmãos de Itália (FdI); o ministro da Defesa, Guido Crosetto, o ministro de Assuntos Europeus, Raffaele Fitto, e os governadores da Puglia e do Vêneto, Michele Emiliano e Luca Zaia, respectivamente.
"Eu mesmo fiz isso, nunca revelei essa informação e não fiz cópia dela", admitiu Coviello ao se justificar perante à direção do banco, segundo a imprensa local.
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