O governo de Israel apresentou aos Estados Unidos um documento com uma solução diplomática para encerrar a guerra contra o grupo xiita Hezbollah no Líbano.
A informação foi divulgada pelo site americano Axios, que cita fontes oficiais dos EUA e israelenses. A proposta estabelece que as Forças de Defesa de Israel (IDF) possam se empenhar "ativamente" para que a milícia islâmica não se rearme e não reconstrua sua infraestrutura militar na fronteira.
Além disso, determina que a Aeronáutica israelense teria liberdade para operar no espaço aéreo do Líbano. No entanto, um funcionário americano citado pelo Axios diz ser "altamente improvável" que essas condições sejam aceitas por Beirute e pela comunidade internacional.
Em declaração divulgada nesta segunda-feira (21), o premiê libanês, Najib Mikati, disse que não existe alternativa à resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, estabelecida em 2006 e que prevê uma missão da ONU para ajudar o Exército do país árabe a manter a fronteira sem conflitos.
O assunto deve estar na pauta da viagem do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que embarca nesta segunda para uma nova visita ao Oriente Médio em busca de um cessar-fogo tanto no Líbano quanto na Faixa de Gaza.
A ofensiva israelense contra o Hezbollah começou há cerca de um mês e eliminou a maior parte do alto comando do grupo xiita, incluindo o líder Hassan Nasrallah, morto em um bombardeio em Beirute. O balanço dos ataques no Líbano já soma mais de 2 mil mortos, incluindo mais de 100 crianças.
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