(ANSA) - O ex-presidente do Partido Popular da Catalunha, Alejo Vidal-Cuadra, de 78 anos, está em condição crítica após ser atingido no rosto por um tiro na rua Núñez de Balboa, no centro de Madri.
O ex-deputado do Partido Popular estava caminhando sozinho na rua quando uma pessoa se aproximou e atirou nele a uma distância de cerca de dois metros.
Fontes da polícia posteriormente informaram que Alejo Vidal-Quadras chegou ao hospital consciente.
O ex-presidente do PP catalão também foi um dos fundadores do partido de extrema-direita Vox.
Atualmente, a polícia, de acordo com a agência EFE, está buscando um homem que teria atirado de uma motocicleta.
"Condenamos veementemente o atentado em Madrid. Peço aos investigadores que encontrem imediatamente o culpado e esperamos que Alejo Vidal-Quadras se recupere rapidamente", enfatizou o líder do PP, Alberto Nunez Feijòo.
A polícia de Madrid acredita que o atentado tenha sido obra de um profissional com a intenção de executar uma ação "planejada".
Alejo Vidal-Cuadras, ex-professor de física atômica na Universidade Autônoma de Barcelona, tem uma longa experiência na política catalã. E Ele começou sua carreira no conselho municipal da cidade, foi deputado regional e senador.
Ele foi eleito presidente do PP de 1991 a 1996, mas deixou o partido em protesto contra o acordo entre o primeiro-ministro Jose Maria Aznar e os catalanistas da Convergencia y Uniò.
Em 1999, ele retornou ao PP e foi eleito eurodeputado de 1999 a 2014, tornando-se vice-presidente do Parlamento Europeu.
Em 27 de janeiro de 2014, depois de mais de trinta anos de militância, ele deixou o partido para fundar o novo partido de extrema-direita Vox, do qual se tornou presidente interino.
No entanto, no ano seguinte, ele renunciou ao Vox após ser desautorizado pelo partido por apoiar a aproximação com o partido centrista Ciudadanos.
"O infame pacto entre Sánchez e Puigdemont, que esmaga o Estado de Direito na Espanha e põe fim à separação de poderes, já foi acordado. Nossa Nação deixará de ser uma democracia liberal e se tornará uma tirania totalitária. Nós, espanhóis, não permitiremos isso": Este foi o último tweet escrito por Vidal-Quadras, minutos antes de ser vítima do tiro.
À polícia, ele disse acreditar que o atentado tenha sido motivado por suas ligações com a oposição iraniana.
Ao noticiar a declaração, o El Pais relembrou a investigação que revelou que o Vox, desde a sua fundação, recebeu muitos fundos do Conselho Nacional da Resistência Iraniana, uma organização da oposição iraniana no exílio.
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