A declaração chega na esteira dos ataques israelenses contra bases da missão de paz da ONU no sul libanês e após Tel Aviv ter pedido para tropas da Unifil se retirarem da região.
"Israel deve compreender que os soldados da Unifil não trabalham para uma das partes, mas estão ali para manter a paz e promover a estabilidade regional.
A imparcialidade dos capacetes
azuis é um dos pilares da Unifil, por isso as Nações Unidas não
podem aceitar receber ordens de uma das partes", disse Crosetto,
que, na semana passada, cogitou a hipótese de "crimes de guerra"
nas ações de Israel contra a força da ONU.
"A Itália reconhece o direito de Israel de resistir e se
defender dos ataques de quem quer que seja.
Ao mesmo tempo,
pedimos que Israel se atenha às regras do direito internacional
e proteja a inocente população civil, tanto em Gaza como no
Líbano, e o contingente da ONU", salientou o ministro .
Crosetto também anunciou que irá em breve a Beirute e Tel
Aviv e que a Itália, que contribui com mais de mil soldados para
a missão de paz, organizará uma "conferência para tornar
concreto o apoio às forças armadas libanesas em termos
financeiros, de treinamento e equipamentos". Além disso,
garantiu que a presença da Unifil no sul do Líbano "não está em
discussão".
"Ir embora agora não traria nenhum benefício e minaria,
talvez definitivamente, a própria credibilidade das Nações
Unidas", acrescentou.
Os ataques à Unifil aconteceram em meio à ofensiva de Israel
contra o grupo xiita Hezbollah, que já dura quase um mês e
deixou mais de 2 mil mortos no Líbano. A milícia islâmica é
aliada do grupo fundamentalista Hamas, que há um ano trava uma
guerra contra o país judeu na Faixa de Gaza.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA