O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, assinou nesta sexta-feira (27) um decreto que institui uma "bolsa psicólogo" para pessoas de baixa e média renda.
A medida tem como objetivo ajudar a população a enfrentar os efeitos psicológicos provocados por mais de dois anos de pandemia de Covid-19. "É um primeiro passo. A saúde mental é um dos grandes temas da atualidade", afirmou Speranza.
O programa prevê 10 milhões de euros (R$ 50 milhões) para reforçar as estruturas sanitárias do país e mais 10 milhões de euros para a distribuição de vouchers com valor máximo de 600 euros (R$ 3 mil) por pessoa.
O benefício será concedido para cidadãos com Indicador de Situação Econômica Equivalente (ISEE), instrumento que mede a condição de vida com base na renda anual e no patrimônio, de até 50 mil euros (R$ 250 mil).
A bolsa vai variar de acordo com o rendimento do requerente e, na prática, deve beneficiar poucas pessoas. Considerando-se o teto de 600 euros estabelecido pelo governo, o número de beneficiários não passaria de 16 mil indivíduos, em um país com quase 60 milhões de habitantes.
"Uma ampla parcela de cidadãos que desenvolveram formas de desconforto mental com a Covid será excluída do programa", afirmou a Codacons, principal entidade de defesa do consumidor da Itália, chamando a iniciativa de "marketing". (ANSA)
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