O Ministério da Saúde da Itália publicou uma nova circular sobre a gestão da crise sanitária da varíola dos macacos nesta terça-feira (2) e autorizou que, em situações específicas, pode haver a indicação de quarentena para os infectados.
"Em contextos ambientais e epidemiológicos específicos, com base na avaliação das autoridades sanitárias, poderá ser pedida a aplicação de medidas de quarentena. Os contatos próximos devem ser identificados o quanto antes e informados de sua exposição e do risco de desenvolver a infecção", diz o documento.
Além disso, é solicitado que essas pessoas evitem "doar sangue, células, tecidos, órgãos, leite materno ou esperma" enquanto estiverem sendo monitorados.
Já nos casos de exposição de baixo risco "é possível adotar a vigilância passiva, autocontroles e informar o próprio médico de família". "Os contatos assintomáticos que controlam adequadamente e regularmente o seu estado podem continuar as atividades cotidianas de rotina como ir ao trabalho e frequentar a escola (a quarentena não é necessária)", especifica o texto.
A circular destaca que o automonitoramento deve consistir em medição da febre (ao menos duas vezes ao dia) e de outros sintomas como dor de cabeça e nas costas e a linfadenopatia (aumento palpável dos linfonodos). Além disso, é preciso verificar se há erupções cutâneas de causa desconhecida no corpo em até 21 dias depois da exposição.
É indicado abster-se de relações sexuais durante o mesmo período, manter a higiene das mãos e respiratória - cobrindo boca e nariz em caso de tosse ou espirro -, evitar contato com pessoas imunossuprimidas, crianças com menos de 12 anos e mulheres grávidas. Também é recomendado evitar contato nesse período com animas domésticos.
"As autoridades sanitárias locais ainda poderão optar por excluir crianças em idade pré-escolar de ir para creches, escolas materna ou outros ambientes de grupo" em caso de contato próximo com algum infectado, diz ainda a circular, assinada pelo diretor-geral de Prevenção, Gianni Rezza.
Ao todo, até o momento, a Itália registrou 505 casos da doença, sendo que 501 infectados eram homens. O país também já recebeu as primeiras doses da vacina contra a varíola dos macacos por meio da União Europeia.
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