(ANSA) - Os países do Mercosul demandam à União Europeia (UE) um aporte de 12,5 bilhões de euros (R$ 66,5 bilhões) como parte das exigências adicionais para concluir o acordo de livre comércio.
Essa verba seria destinada ao financiamento de produtores sul-americanos dispostos a cumprir os requisitos de importação fixados pela UE e para promover a produção sustentável.
O aporte europeu seria na foma de "empréstimos a fundo perdido" para diversos "programas de desenvolvimento", informou nesta sexta-feira (13) o jornal Valor Econômico.
O governo do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou a intenção de solicitar fundos destinados à agricultura familiar e para os produtores de lácteos que poderiam ser afetados pelo acordo.
Lula expressou interesse em assinar o pacto comercial neste semestre, durante a presidência temporária do Brasil no Mercosul.
No entanto, ele classificou como inaceitável um documento adicional sobre metas ambientais proposto por Bruxelas.
A secretária de Comércio Exterior da Espanha, Xiana Méndes Bértolo, admitiu há meses que a UE tem que fornecer os recursos necessários para que os produtores do Mercosul atinjam os padrões ambientais propostos pela UE.
As conversas entre sul-americanos e europeus devem continuar em outubro.
Há uma semana, representantes dos blocos alcançaram "bons avanços" nas reuniões presenciais realizadas em Brasília, revelou à ANSA uma fonte do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.
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