O anúncio foi feito pelo vice-premiê e chanceler italiano, Antonio Tajani: "Junto com a Finlândia, hoje apresentamos um documento sobre migração, para combater os traficantes de seres humanos e rejeitar iniciativas que instrumentalizam a migração".
"Penso na Rússia para a Finlândia, mas também no que o [grupo paramilitar] Wagner faz na África para criar problemas aos países europeus.
Portanto, uma colaboração também com um
país do norte, não apenas aqueles do sul", disse Tajani, em
Luxemburgo.
"Nós somos favoráveis a permanecer com uma presença
consistente em toda a África subsaariana, é uma região que não
pode ser entregue a influências chinesas, russas ou iranianas,
estamos presentes com nossos militares, e para eles não há
nenhum risco", acrescentou.
"Nós fortalecemos nossa presença abrindo uma embaixada na
Mauritânia, onde irei visitar até o final do ano.
Através do
Níger passam os traficantes de seres humanos, que são os mesmos
que traficam drogas e armas. Nós queremos parar os traficantes
de seres humanos e impedir que outros interessados empurrem os
migrantes para a Europa."
O documento diz que "o uso da migração como instrumento
híbrido de influência visa a erosão das capacidades nacionais,
da segurança, da confiança e à alteração do processo decisório
dos governos-alvo, da União Europeia e da Otan como um todo".
"No âmbito de uma abordagem europeia comum, a Itália e a
Finlândia desejam promover uma ação da UE para combater o
tráfico de migrantes e a instrumentalização da migração".
O documento prossegue: "A UE e a Otan deveriam desenvolver
ainda mais seus meios de resposta às ameaças híbridas, levando
em consideração o panorama das ameaças em rápida evolução".
"Sobre a migração, é essencial concluir parcerias
estratégicas entre a UE e países terceiros: o memorando com a
Tunísia fornece um bom modelo e enfatizamos a importância de
garantir sua plena implementação."
Itália e Finlândia também reafirmaram "a necessidade de
reforçar ainda mais as atividades da Frontex (Agência Europeia
da Guarda de Fronteiras e Costeira) e da Europol (Agência da
União Europeia para a Cooperação Policial) na luta contra a
migração irregular e o tráfico de migrantes, implementando
eficazmente em países terceiros de acordo com o conceito de toda
a cadeia".
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