(ANSA) - É uma evocação, ou melhor, um "aceno", como definiu o arquiteto Mario Botta, à Torre Velasca, um dos símbolos de Milão. Assim é a nova torre do teatro alla Scala, criada para racionalizar e ampliar os espaços do local histórico.
Com uma altura de 38 metros, além de mais 19 subterrâneos, a nova estrutura se desenvolve ao longo de um total de 17 andares, 11 fora da terra e seis abaixo.
E abriga os escritórios, uma nova sala de ensaios de dança, um novo espaço ampliado para a coxia, e dois grandes terraços com vista para a cidade.
Há ainda a nova sala de ensaios para a orquestra, definida como a verdadeira joia deste projeto, que ainda está em construção. Ela fica no subsolo, no andar -6, isolada e protegida.
Com uma altura de 14 metros, 10 a mais que a atual, também poderá funcionar como sala de gravação. Para completá-la faltam os revestimentos acústicos, cuja licitação está em andamento, e a sala ficará pronta entre março e junho de 2024.
Os trabalhos da torre duraram dois anos desde a colocação da pedra fundamental em abril de 2021, em plena pandemia de Covid-19, com investimentos de cerca de 23 milhões de euros (R$ 122 mi), contando com a demolição do prédio anterior.
"Foi um trabalho feito com muita eficiência. Quando começamos, ainda usávamos máscaras. Talvez não tenha sido o melhor momento, mas fizemos, e hoje podemos inaugurar a primeira parte", comentou o superintendente do Scala, Dominique Meyer.
Os projetistas não esconderam a complexidade do projeto. "Trabalhamos no alto até atingir a altura da torre cênica tradicional que já havia sido erguida quando o Scala foi restaurado", explicou o arquiteto Mario Botta, que trabalhou com o estúdio Emilio Pizzi.
"Mas também descemos em profundidade porque a grande surpresa é no subsolo. Em dois anos conseguimos realizar um edifício que não é simples. Há novos espaços, e de qualidade", concluiu.
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