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Parlamento da UE aprova adiamento de Lei Antidesmatamento

Parlamento da UE aprova adiamento de Lei Antidesmatamento

Prorrogação do prazo de entrada em vigor era pleito do Brasil

BRUXELAS, 14 de novembro de 2024, 09:47

Redação ANSA

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Área desmatada por garimpo ilegal na Amazônia brasileira - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Área desmatada por garimpo ilegal na Amazônia brasileira - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O Parlamento da União Europeia aprovou nesta quinta-feira (14) o adiamento da entrada em vigor da Lei Antidesmatamento, que é criticada pelo governo do Brasil, em pelo menos um ano.
    A prorrogação do prazo recebeu 371 votos favoráveis e 240 contrários, além de 30 abstenções, acolhendo uma proposta feita pela Comissão Europeia, poder Executivo do bloco, no inicio de outubro.
    Para confirmar o adiamento, falta apenas o aval do Conselho da UE, órgão que reúne representantes dos governos dos 27 Estados-membros. Com isso, a Lei Antidesmatamento começará a valer para grandes empresas somente em 30 de dezembro de 2025 e para pequenas e médias em 30 de junho de 2026, e não mais em 30 de dezembro e 2024 de 30 de junho de 2025, respectivamente.
    A iniciativa proibirá a importação na UE de produtos como café, cacau, borracha, carne bovina, madeira, óleo de palma e soja provenientes de áreas de desmatamento ilegal.
    De acordo com o regulamento, as empresas importadoras terão de verificar se os itens estão em linha com a legislação do país de origem e se os direitos de povos indígenas foram respeitados. Ao aprovar a prorrogação, o Europarlamento incluiu uma emenda que prevê a criação de uma lista de "países de risco zero" com requisitos simplificados.
    As multas em caso de descumprimento poderão chegar a 4% do faturamento anual da companhia no bloco.
    No entanto, diversos países-membros, como Alemanha e Itália, cobravam o adiamento para dar tempo às empresas importadoras de se adequar à normativa.
    Além disso, o Brasil chegou a enviar uma carta à UE pedindo que a implementação da lei fosse suspensa e qualificando o projeto como "punitivo" por "ignorar legislações nacionais sobre combate ao desmatamento". Segundo estimativas, a iniciativa poderia impactar as exportações brasileiras para o bloco em até US$ 15 bilhões.
   

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