A Finlândia investiga o que acredita ser "um deliberado ato de sabotagem", após uma perda de gás registrada em um gasoduto submarino e no Balticconnector, um cabo de comunicação que a conecta com a Estônia.
As autoridades máximas do país - o presidente Sauli Niistro e o premiê Petteri Orpo -, em contato com a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), estão convencidas de que o incidente não foi causado pelo uso normal do gasoduto ou pelas flutuações de pressão, mas sim por uma "atividade externa".
O Norsar, instituto norueguês de sismologia, anunciou ter identificado uma "provável explosão" antes da perda.
O Balticconnector é o único canal de importação de gás para a Finlândia, além do Gnl Gas Grid, desde que as importações russas foram interrompidas em maio de 2022, com o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
A Rússia interrompeu o fornecimento de gás depois que a Finlândia se recusou a pagar em rublos, condição imposta aos "países hostis" (incluindo integrantes da UE) para escapar das sanções financeiras ocidentais.
O gás natural representa cerca de 5% do consumo energético da Finlândia, usado principalmente na indústria e produção combinada de calor e eletricidade.
"Condeno firmemente qualquer ato de destruição deliberada de infraestruturas críticas. Nossos oleodutos e cabos submarinos conectam cidadãos e empresas em toda a Europa e o mundo. São a linha vital dos mercados financeiros e do comércio global. Somos solidários à Finlândia e à Estônia", declarou a presidente do poder Executivo da UE, Ursula von der Leyen.
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