(ANSA) - Publicações em redes sociais contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro causaram o adiamento de um julgamento do principal suspeito pelo desaparecimento da menina Madeleine McCann, há 17 anos, e levaram à remoção de uma juíza leiga do processo.
A defesa de Christian Brückner pediu a remoção da jurada por considerar que opiniões dadas por ela em redes sociais comprometeriam sua imparcialidade.
As publicações em questão foram feitas no X (antigo Twitter), em 2019, dirigidas ao então presidente brasileiro: “Matem esse demônio, ele destrói tudo, tem que ser morto’.
Os advogados argumentaram que a julgadora demonstrou opiniões incompatíveis com a Lei Fundamental da Alemanha, e o tribunal concordou, decidindo pela substituição.
Brückner responde por três acusações de estupro e duas de abuso sexual infantil, entre 2000 e 2017.
Ele não foi formalmente acusado no caso Maddie, mas a investigação levou aos outros crimes que ele teria cometido.
A audiência será retomada na próxima sexta (23), e a expectativa é de um veredito em 27 de junho.
Brückner já cumpre uma pena de sete anos de prisão pelo estupro, em 2005, de uma americana então com 72 anos na Praia da Luz, mesmo local de desaparecimento de Maddie.
Era 3 de maio de 2007 quando a pequena Madeleine McCann desapareceu de um apartamento em Portugal, dando início a um dos casos policiais mais conhecidos do século 21.
O destino da menina britânica continua sendo um mistério, apesar da onda de comoção que tomou conta do mundo.
A polícia acredita que ela esteja morta, mas o corpo jamais foi encontrado. Os próprios pais chegaram a ser suspeitos do caso.
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