O governo do Azerbaijão acredita que o avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines que caiu no Cazaquistão, às margens do Mar Cáspio, com 67 pessoas a bordo foi derrubado pela defesa antiaérea da Rússia, segundo informações publicadas nesta quinta-feira (26) pela imprensa internacional.
O site Euronews ouviu de fontes governamentais azeris que um míssil russo terra-ar causou o desastre aéreo, que deixou pelo menos 38 mortos e 29 feridos. O disparo teria ocorrido durante uma atividade de drones ucranianos nos arredores de Grozny, capital da Chechênia e destino do avião, que era proveniente de Baku, capital do Azerbaijão.
A aeronave teria sido atingida por estilhaços da explosão do míssil, o que explicaria as marcas de perfuração na parte traseira da fuselagem. A mesma hipótese foi publicada pela agência de notícias Reuters, que cita quatro fontes que acompanham as investigações no Azerbaijão.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o avião efetuando um voo errático até se chocar contra o solo na outra margem do Mar Cáspio, após ter se desviado da rota original. Os sobreviventes estavam na parte de trás do jato, que se desprendeu antes que o restante da fuselagem fosse consumido pelo fogo.
Em coletiva de imprensa nesta quinta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, limitou-se a dizer que é "errado construir hipóteses antes de a investigação apresentar as conclusões". "Ninguém deveria fazer isso", acrescentou.
Em 17 de julho de 2014, forças pró-Rússia no leste da Ucrânia foram acusadas de derrubar um avião da Malaysia Airlines que voava de Amsterdã, na Holanda, a Kuala Lumpur, na Malásia, deixando 298 mortos. Moscou sempre negou envolvimento.
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