(ANSA) - A situação econômica em Cuba, que levou uma multidão às ruas para protestar contra a agravada crise energética e alimentar, fez o vídeo de uma manifestante viralizar nas redes sociais nesta quarta-feira (20).
Membro de um grupo que se autodenomina "revolucionário", a mulher que, mesmo diante do risco de uma possível retaliação, confrontou policiais em frente à delegacia de El Cobre, em Santiago de Cuba, para gritar "Temos fome!".
A cena da cubana desesperada foi gravada e viralizou na internet. "Essas pessoas eram boas e vocês devem reconhecer isso. Um povo humilde e resistente. Mas agora pergunto: O que está acontecendo?", ressalta ela diante dos agentes que a observam.
"Posso te dizer: sou seguidora de Fidel [Castro] e revolucionária, mas o povo tem fome!", concluiu.
Pouco tempo antes da mobilização da militante, outro morador também manifestou seu desamparo à polícia cubana, juntando-se a outras pessoas que pediam a libertação dos jovens presos em protestos contra o governo de Miguel Díaz-Canel.
"Não quero sair do meu país, adoro, todo mundo adora. Mas tanta gente teve que sair daqui. .Até quando, senhores? As pessoas estão com fome. O que precisamos aqui é de liberdade", diz o homem nas imagens.
Desde o último fim de semana, centenas de pessoas na segunda maior cidade de Cuba, Santiago, participaram de um raro protesto para pedir "energia e comida", em meio a apagões de mais de 18 horas e falta de alimentação. O presidente cubano, inclusive, pediu diálogo em uma "atmosfera de tranquilidade e paz".
Cuba vive uma crise econômica quase sem precedentes desde a pandemia de Covid-19, com escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis.
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