Mais de 60 pessoas estão desaparecidas após um barco de migrantes ter virado a cerca de 100 milhas náuticas (185 km) da costa da Calábria, no sul da Itália.
Um navio mercantil estava nos arredores e conseguiu resgatar 12 indivíduos, que foram transferidos para uma unidade da Guarda Costeira italiana.
O barco oficial levou os sobreviventes - incluindo uma grávida - para Roccella Ionica, na Calábria, bem como o corpo de uma mulher morta na tragédia.
“Falei com um garoto que perdeu a namorada. Os sobreviventes falaram de 66 desaparecidos, incluindo pelo menos 26 crianças, algumas com poucos meses. Famílias inteiras do Afeganistão teriam morrido”, disse Shakilla Mohammadi, mediadora cultural da ONG Médicos Sem Fronteiras.
Segundo relatos dos náufragos, a embarcação de migrantes havia zarpado de um porto na Turquia, que não é o ponto de partida mais comum das "viagens da morte" no Mediterrâneo.
“Eles partiram da Turquia há oito dias, e há três ou quatro entrava água [no barco]. Eles nos disseram que viajavam sem coletes salva-vidas e que alguns barcos não pararam para ajudar”, acrescentou Mohammadi.
Desde o início do ano, a Itália já recebeu 23,7 mil deslocados internacionais por via marítima, sendo que quase todos eles partiram do litoral da Líbia ou da Tunísia, de acordo com o Ministério do Interior.
As principais nações de origem dos migrantes em 2024 são Bangladesh (4,8 mil), Síria (3,4 mil), Tunísia (3,1 mil), Guiné, (1,9 mil) e Egito (1,5 mil). (ANSA)
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