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Mortes no Mediterrâneo em 2024 passam de 2,2 mil

Mortes no Mediterrâneo em 2024 passam de 2,2 mil

Dados foram divulgados por diretora regional do Unicef

ROMA, 02 de janeiro de 2025, 11:29

Redação ANSA

ANSACheck
Dados de 2024 foram divulgados por fundo da ONU - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Dados de 2024 foram divulgados por fundo da ONU - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Mais de 2,2 mil pessoas foram relatadas como mortas ou desaparecidas no Mediterrâneo em 2024, com quase 1,7 mil vidas perdidas somente ao longo da rota do Mediterrâneo Central, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quinta-feira (2).
    De acordo com a diretora regional do Unicef para a Europa e Ásia Central, Regina De Dominicis, que é a coordenadora especial para a resposta a refugiados e migrantes na Europa, as vítimas incluem centenas de crianças e adolescentes.
    Os números foram divulgados após um naufrágio na véspera do Ano Novo, no qual cerca de 20 pessoas que haviam partido da Líbia foram dadas como desaparecidas na ilha de Lampedusa.
    Os sete sobreviventes, incluindo um menino de oito anos que perdeu a mãe, foram levados para a ilha siciliana de Lampedusa e depois transferidos para um centro de acolhimento em Agrigento, na Sicília.
    A rota migratória do Mediterrâneo Central para a Europa é uma das mais mortais do mundo, partindo habitualmente da Tunísia, Argélia e Líbia em direção à Itália e à Malta.
    "Uma em cada cinco pessoas que migram através do Mediterrâneo são menores. A maioria foge de conflitos violentos e da pobreza", recorda De Dominicis, que em nome do Unicef pede aos governos que utilizem o Pacto sobre a Migração e o cuidado infantil para priorizar a proteção de meninas e meninos.
    "Isso inclui garantir rotas seguras e legais para proteção e reunificação familiar, bem como operações coordenadas de busca e salvamento, desembarques seguros, acolhimento comunitário e acesso a serviços de asilo", acrescentou ela.
    O Unicef apela também por "um maior investimento em serviços essenciais para crianças e famílias que passam por rotas de migração perigosas, incluindo apoio psicossocial, assistência jurídica, cuidados de saúde e educação".
    Segundo De Dominicis, os governos devem abordar as causas da profundidade da migração e apoiar a integração das famílias nas comunidades de acolhimento, garantindo que os direitos das crianças sejam protegidos em todas as fases da sua jornada".
   
   

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