Em um novo alerta contra as mudanças climáticas, o papa Francisco disse nesta sexta-feira (30) que a Terra está doente e enfatizou que enfrentar as crises ambientais causadas pelo homem "requer respostas não só ecológicas, mas também sociais, econômicas e políticas".
"Se medirmos a temperatura do planeta, isso nos dirá que a Terra está com febre. E se sente mal como qualquer doente", declarou o Pontífice em uma mensagem de vídeo.
"Mas será que ouvimos esta dor?, questionou ele, alertando que é preciso comprometimento com "a proteção da natureza, mudando nossos hábitos pessoais e comunitários." Na sequência, Jorge Bergoglio convida todos a rezar "para que cada um de nós possa ouvir com o coração o grito da Terra e o grito das vítimas dos desastres ambientais e da crise climática, comprometendo-nos pessoalmente a salvaguardar o mundo que habitamos".
"Escutamos a dor dos milhões de vítimas dos desastres ambientais?", pergunta novamente o religioso.
Na gravação em espanhol, que tem como intenção de oração para o mês de setembro o "clamor da terra" e é divulgada pela Rede Mundial de Oração do Papa, o líder da Igreja Católica destaca que "aqueles que mais sofrem as consequências destas catástrofes são os pobres, aqueles que são obrigados a abandonar as suas casas devido a inundações, ondas de calor ou secas".
"Enfrentar as crises ambientais provocadas pelo homem, como a crise climática, a poluição ou a perda de biodiversidade, exige respostas não só ecológicas, mas também sociais, econômicas e políticas", concluiu Francisco.
A defesa do meio ambiente é uma das bandeiras do pontificado de Francisco, que dedicou até uma encíclica a este tema, a "Louvado seja", algo inédito na história da Igreja Católica.
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