A Nasa e a Agência Espacial Italiana (ASI) revelaram a primeira imagem capturada pelo telescópio espacial Ixpe - sigla em inglês para "Explorador para Imageamento por Polarimetria de Raios X" -, lançado em um foguete Falcon 9, da Space X, em dezembro.
Projetado para estudar os fenômenos mais extremos do universo, o telescópio focou em Cassiopeia A, um objeto celeste formado pelos restos de uma estrela que explodiu no século XVII.
"A imagem de Cassiopeia A, do IXPE, é tão histórica quanto a imagem do Chandra, do mesmo remanescente", disse Martin C. Weisskopf, investigador principal do IXPE no Marshall Space Flight Center. "Isso demonstra a capacidade do Ixpe de obter informações nunca antes vistas sobre Cassiopeia A".
Para Imma Donnarumma, diretora científica do projeto para a ASI, "as observações do Ixpe da Cassiopea A destacam as capacidades únicas dos polarímetros a bordo do Ixpe e abrem uma nova janela no universo de raios-X".
A imagem é resultado da missão conjunta entre a Nasa e a Agência Espacial Italiana (ASI), com a participação do Instituto Nacional de Astrofísica (Inaf) e do Instituto Nacional de Física Nuclear (Infn).
Lançado em 9 de dezembro de 2021, o telescópio Ixpe completou a fase de testes de seus instrumentos e já está operacional. Seus três telescópios possuem detectores financiados pela ASI e desenvolvidos por pesquisadores do Infn e do Inaf.
Na imagem, é possível ver os restos da explosão da estrela, ocorrida durante o século XVII. O evento liberou ondas de choque que aqueceram os gases ao redor dela a altas temperaturas e aceleraram partículas dos raios cósmicos. O resultado disso tudo é uma grande nuvem brilhando intensamente em raios X.
Outros telescópios já estudaram Cassiopeia A, mas o IXPE permitirá que os pesquisadores a examinem de uma nova forma.
O primeiro telescópio espacial de raios-X a mostrar que a nuvem estava escondendo um objeto compacto foi o Chandra, lançado em 1999 pela Nasa. Agora os dois telescópios poderão trabalhar de forma complementar para descobrir a natureza do objeto, por exemplo se é um buraco negro ou uma estrela de nêutrons. (ANSA)
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