Um estudo divulgado nesta quarta-feira (15) aponta que a quantidade de neve nas geleiras de uma província do extremo-norte da Itália representava em maio de 50% a 60% da média dos últimos 20 anos.
Além disso, as partes frontais de alguns glaciares, como os de Marmolada e Mandrone, não tinham mais nenhuma cobertura nevosa no fim de maio, um mês antes do que o habitual nas últimas duas décadas.
Os dados foram mensurados pelo Departamento de Previsões da Província Autônoma de Trento, que tem boa parte de seu território coberto pelos Alpes, por uma comissão de glaciologia da Sociedade dos Alpinistas Tridentinos, pelo Museu de Ciências de Trento e pela Universidade dos Estudos de Pádua.
Segundo a análise, a redução da cobertura nevosa nas geleiras de Trento é resultado dos baixos índices de precipitações entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022 - o inverno deste ano foi um dos 10 mais secos em um século na região - e do aumento das temperaturas no primeiro trimestre, um dos cinco mais quentes desde 1921.
Com isso, pouca neve se acumulou nos glaciares, e as precipitações de abril não foram suficientes para "recuperar o forte déficit" do inverno, de acordo com o estudo.
Na Marmolada, uma das geleiras mais conhecidas do extremo-norte da Itália, a camada de neve no fim de maio era de 714 milímetros, número 50% menor que a média. Já no glaciar La Mare, a cobertura nevosa encerrou o mês passado em 607 milímetros, 40% a menos que a média da série histórica. (ANSA)
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