O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participará da conferência climática da Organização das Nações Unidas (COP27), que ocorrerá em Sharm el-Sheikh, no Egito, entre os dias 6 e 18 de novembro.
A informação foi confirmada pela presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, à imprensa brasileira. "Ele foi convidado pelo Consórcio [Interestadual da Amazônia Legal], recebeu um convite do governador Waldez [Góes, do Amapá, presidente do consórcio] para acompanhá-los neste evento. Ele irá, está vendo a melhor semana para ir", disse Gleisi.
Ontem, o petista já havia recebido um convite do presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, para participar da cúpula climática que contará com a presença de mais de 90 chefes de Estado.
Segundo comunicado do porta-voz presidencial do Egito, Al-Sissi espera que o Brasil desempenhe um papel "positivo e construtivo" na cúpula.
Em seu primeiro discurso, Lula garantiu que lutará pelo "desmatamento zero" na Amazônia e reforçou seu compromisso em prol do meio ambiente e dos povos indígenas.
A vitória do petista foi bem recebida por cientistas do clima e ambientalistas, além de chefes de Estado do mundo inteiro que lutam por um compromisso para combater as mudanças climáticas, principalmente por Bolsonaro ter se tornado uma figura detestada por defensores do meio ambiente por seu apoio às atividades madeireiras e mineradoras.
Durante o seu governo, os incêndios florestais e a extração de madeira cresceram exponencialmente, provocando preocupação mundial, também tendo em vista a liberação de mais carbono do que absorve pela floresta amazônica.
Um dia após a derrota de Bolsonaro, a Noruega, inclusive, anunciou que retomará o envio de subsídios de proteção da Amazônia ao Brasil. (ANSA)
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