O papa Francisco pediu neste domingo (13) que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP27, que acontece em Sharm el-Sheik, tome decisões "corajosas" para enfrentar a crise ambiental.
"Gostaria de recordar a cúpula da COP27 sobre o clima, que está ocorrendo no Egito. Espero que sejam dados passos adiante, com coragem, determinação, no caminho traçado pelo Acordo de Paris", declarou o Pontífice na oração do Angelus, no Vaticano.
O Acordo de Paris entrou em vigor em novembro de 2016, com o objetivo de descarbonizar as economias mundiais e limitar o aumento da temperatura média global a níveis abaixo de 2ºC, acima dos níveis pré-industriais.
Hoje, Jorge Bergoglio também lembrou do primeiro aniversário da plataforma "Laudato Si", que promove a "conversão ecológica e estilos de vida coerentes a ela", celebrado nesta segunda-feira (14).
O religioso agradeceu "a todos os que aderiram a esta iniciativa, cerca de 6 mil participantes", entre famílias, associações, empresas, instituições religiosas, culturais e de saúde".
"É um excelente começo para um caminho de sete anos, destinado a responder ao grito da terra e ao grito dos pobres. Encorajo esta missão que é crucial para o futuro da humanidade para que possa fomentar em todos um compromisso concreto de cuidado com a criação", enfatizou.
Egito -
Hoje, uma delegação da Comissão de Meio Ambiente da Câmara da Itália, liderada pelo presidente Mauro Rotelli, e composta pelas deputadas Chiara Braga, secretária da presidência, Patty L'Abbate, vice-presidente, e Erica Mazzetti, participará de uma reunião da União Interparlamentar (UIP) sobre a COP27, na qual mais de 250 parlamentares de cerca de 60 países debatem as questões relacionadas às mudanças climáticas.
As propostas serão reunidas em um documento final que será aprovado pela Assembleia da UIP e apresentado na COP27. A delegação também acompanhará os trabalhos do segmento ministerial, que contará com a presença do ministro do Meio Ambiente e da Segurança Energética, Pichetto Fratin, e participará dos eventos que ocorrerão no pavilhão italiano, bem como os promovidos pela União Europeia".
Nesta semana, um estudo divulgado pelo Global Carbon Project informa que as emissões globais de gases de combustíveis fósseis provavelmente atingirão níveis recordes em 2022 e não mostram sinais de declínio.
De acordo com os dados, este ano, os países deverão emitir cerca de 36,6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) que aquece o planeta em decorrência da queima de carvão, gás natural e petróleo para geração de energia.
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