O ano ainda não terminou, mas a Itália registrou um aumento de 55% nos eventos climáticos extremos em 2022, conforme informa um relatório do Osservatorio CittàClima da ONG Legambiente nesta sexta-feira (30). Ao todo, foram 310 eventos do tipo que provocaram 29 mortes.
O norte italiano foi a área mais atingida, seguido pelo sul e pelo centro. Entre as regiões, Lombardia (37 eventos), Lazio (33) e Sicília (31) lideram o ranking - e entre províncias, a primeira colocada é a de Roma (23).
No detalhamento, a maior quantidade de desastres - que podem incluir mais de uma classificação - foi provocada por alagamentos e enchentes por chuvas intensas (104 episódios), seguidos por tornados e rajadas de vento intensas (81) e por tempestades de granizo (29).
A estiagem prolongada provocou 28 eventos críticos, seguidos por tempestades (18), episódios envolvendo infraestrutura (14), transbordamento de rios (13), casos de deslizamento de terra causados por chuvas intensas (11), casos de temperaturas extremas em cidades (8) e eventos com impactos no patrimônio histórico (4) .
O estudo da Legambiente ainda fez uma comparação no aumento de eventos de cada tipo. Por exemplo, os episódios de estiagem passaram de seis em 2021 para 28 neste ano (alta de 367%). Já os de chuvas de granizo subiram de 14 para 29 (+107%) e os de tornados e rajadas de vento eram 46 e chegaram a 81 (+76%).
Para a ONG, os dados divulgados nesta sexta indicam "mais uma vez" a urgência de uma "mudança de ritmo" no combate à crise climática na Itália por meio de políticas mais ambiciosas e intervenções mais concretas e não mais adiáveis.
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