(ANSA) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chegou a Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial e impulsionar a agenda ambiental brasileira também entre líderes internacionais. No evento, participará de três sessões de debate, além de encontros bilaterais.
Desde que reassumiu o comando da pasta, cargo que também ocupou entre 2003 e 2008, a ministra já anunciou uma série de medidas e nomeações para voltar a focar os trabalhos do governo federal na proteção dos biomas nacionais.
Uma das primeiras medidas, já sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a reativação do Fundo da Amazônia, que recebe milhões de reais anuais para a preservação de áreas florestais e combate ao desmatamento.
"O Fundo Amazônia está oficialmente reestabelecido! Iremos fortalecê-lo buscando aporte de recursos dentro e fora do país. É o Brasil saindo da humilhante condição de pária perante o mundo!", escreveu a ministra no Twitter.
Também anunciou que o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP), que tem formação técnica e atua em pautas ambientais, será o novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). Já a advogada indígena Joenia Wapichana será a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) - sendo a primeira mulher de um povo indígena a comandar a instituição na história.
No entanto, o trabalho da pasta precisará ser intenso por conta dos recordes de desmatamento ocorridos nos anos de governo de Jair Bolsonaro. Só na Amazônia, a área sob alertas de desmatamento atingiu 4.793 quilômetros quadrados no acumulado entre agosto e dezembro, um recorde para a série histórica iniciada em 2016, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em dados analisados pela ONG Observatório do Clima. Ainda conforme o relatório, esse número é quase 54% maior do que no mesmo período em 2021.
"Os alertas de destruição da Amazônia bateram recordes históricos nos últimos meses, deixando para o governo Lula uma espécie de desmatamento contratado, que vai influenciar negativamente os números de 2023. O governo Bolsonaro acabou, mas sua herança ambiental nefasta continua", disse o secretário executivo do Observatório, Marcio Astrini, em comunicado.
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