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Estudo confirma emissão de CO2 em permafrost da Antártida

Estudo confirma emissão de CO2 em permafrost da Antártida

Missão italiana conseguiu fazer medição pela primeira vez

ROMA, 08 maio 2023, 11:50

Redação ANSA

ANSACheck

Estudo foi o primeiro a analisar se emissões na Antártida ocorriam como no norte global © ANSA/EPA

(ANSA) - Pela primeira vez, uma missão científica conseguiu medir a emissão de gases que causam o efeito estuda vinda do derretimento do permafrost da Antártida e como isso pode ter um papel-chave no futuro climático do planeta.

Chamado de projeto Seneca, um acrônimo em inglês para Fonte e Impacto de Gases Estufas na Antártida, o grupo é financiado pelo Programa Nacional de Pesquisas na Antártida e coordenado por Livio Ruggiero, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV), em colaboração com a Nova Zelândia.

"O nosso projeto queria verificar a presença de gases de efeito estufa em solos livres de neve na região antártica e medir a quantidade e as emissões, informações que até hoje ninguém nunca tinha colhido", disse Ruggiero à ANSA.

O que era conhecido era que as mudanças climáticas das últimas décadas levaram gradualmente ao descongelamento dos terrenos em latitudes muito altas (permafrost), nos quais ficaram presas grandes quantidades de CO2 e metano.

Mas, enquanto são bens estudadas e monitoradas as emissões que estão ocorrendo no hemisfério Norte, em particular em grandes áreas da Rússia e do Canadá, até hoje não haviam dados na Antártida.

"Até agora, acreditava-se que na Antártida, onde áreas não cobertas por neve ou gelo são limitadas, mas estão destinadas a crescer, não emitiam gases do efeito estufa - mas nós observamos que não é assim. Não são os grandes volumes como acontece no hemisfério norte, mas as emissões da Antártida nunca haviam sido levadas em consideração nos modelos climáticos", pontuou ainda Ruggiero.

A ação do projeto Seneca articulou-se em três anos de análises em uma pequena porção do território local. Ela descobriu ainda algumas dinâmicas geofísicas desconhecidas que poderiam ter um impacto em escala muito maior do que o prevista.
   

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