(ANSA) - Um estudo divulgado por uma agência ambiental siciliana alertou neste sábado (5) sobre a poluição tóxica causada por um recente incêndio de grandes proporções em um aterro sanitário em Palermo.
Segundo a Agência Regional de Proteção Ambiental (ARPA), um novo relatório baseado na análise de novas amostras de ar revelou que os níveis de dioxina, substância nociva para a saúde humana, eram 35 vezes mais do que o nível permitido no ar em algumas áreas da cidade.
O incêndio no aterro de Bellolampo em 24 de julho afetou a qualidade do ar em várias áreas de Palermo, especialmente no bairro de Borgo Nuovo. Na via Inserra, o primeiro valor registrado na data foi de 939 gramas por metro cúbico - após 300 o alarme dispara.
Logo depois, em 25 de julho, perto de Villa delle Ginestre, na via Castellana, no bairro de Borgo Nuovo, subiu para 3.531 gramas por metro cúbico. A duração da amostragem foi de 48 horas.
Em uma segunda área de Palermo afetada pelo alarme de dioxina, na via Costantino, na periferia noroeste da cidade, o valor está quase dentro da norma: 116 por metro cúbico.
"A diferença nas concentrações apuradas nos dois pontos de amostragem parece condizente com as condições do vento", diz o relatório.
Em 30 de julho, o prefeito de Palermo, Roberto Lagalla, assinou um decreto proibindo as pessoas na área do incêndio de consumir carnes, laticínios e ovos pelos próximos 15 dias devido à detecção de dioxina, após o incêndio.
A ordem assinada engloba um raio de quatro quilômetros a partir do lixão e também pede para os moradores da zona lavarem bem as frutas e comê-las sem casca. Além disso, o chefe municipal determinou operações especiais de limpeza de ruas e espaços abertos públicos e privados.
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