(ANSA) - O número de mortos nos incêndios florestais que devastaram a ilha de Mauí, no Havaí, subiu para 96, informaram as autoridades locais nesta segunda-feira (14).
O novo balanço é divulgado enquanto familiares procuram por seus entes desaparecidos dias após as chamas destruírem grande parte da histórica cidade turística de Lahaina.
De acordo com o jornal "The New York Times", os bombeiros da região estão encontrando dificuldades para lidar com os incêndios, incluindo a falta de água em hidrantes.
A denúncia deve aumentar ainda mais a polêmica sobre a falha na prevenção e má gestão da emergência, que levou à abertura de uma investigação oficial para apurar as causas dos incêndios.
As autoridades locais, citadas pela publicação acreditam que as chamas se propagaram pela disseminação de plantas invasoras não nativas da África e usadas como forragem para gado, após o encerramento das plantações de cana-de-açúcar nos últimos anos.
Segundo o jornal, a vegetação é altamente inflamável, cresce rapidamente quando chove e tolera a seca quando as terras estão secas.
A situação no Havaí é tão preocupante que a governadora do arquipélago, Sylvia Luke, decretou estado de emergência. Ao todo, mais de 11 mil pessoas foram evacuadas de Mauí e diversos turistas chegaram a entrarem no mar para fugir do fogo e da fumaça.
No último domingo (13), o papa Francisco rezou "pelas vítimas dos incêndios que devastaram a ilha de Maui", enquanto o governador do estado, Josh Green, disse que a tragédia é a mais mortal dos Estados Unidos nos últimos 100 anos.
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