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Ativistas vandalizam sede do Ministério da Justiça da Itália

Ativistas vandalizam sede do Ministério da Justiça da Itália

Ato foi deflagrado pelo movimento 'Última Geração'

ROMA, 20 de maio de 2024, 16:17

Redação ANSA

ANSACheck

Alguns ambientalistas foram detidos pela polícia - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Em uma nova manifestação em Roma, ativistas ambientais pintaram de preto as colunas na frente da sede do Ministério da Justiça da Itália nesta segunda-feira (20).
    O ato foi deflagrado por 14 membros do grupo Última Geração, que ganhou notoriedade nos últimos meses por protestos diante de obras de arte e monumentos por todo o país.
    Duas pessoas espalharam carvão preto com um extintor contra a parede do Ministério da Justiça, enquanto outras penduraram cartazes com o artigo 9º da Constituição - que diz que a República "protege o ambiente, a biodiversidade e os ecossistemas, também no interesse das gerações futuras" - e com alguns acontecimentos de 2023, como os "378 fenômenos meteorológicos extremos, as 12 mil pessoas que perderam as suas casas, os 13 bilhões de danos e 456 milhões de toneladas de CO2 emitidas pela Eni".
    "Os dados que expusemos nas paredes do Ministério da Justiça demonstram que o governo e os seus ministérios não tomaram e continuam a não tomar as medidas de adaptação e mitigação necessárias para proteger o nosso território e a população italiana. A crise climática é uma crise social", diz uma nota do "Última Geração" enviada à ANSA, convidando todos para se reunir na Piazza del Popolo, em Roma, no dia 1º de outubro.
    Ao menos seis ativistas foram detidos pela polícia e levados para uma delegacia na capital da Itália. Uma investigação foi aberta para apurar o caso.
    "O ato de vandalismo da 'Última Geração' contra a sede do Ministério da Justiça é uma iniciativa indescritível. Numa democracia, a reivindicação das próprias crenças e a expressão das próprias ideias podem e devem ser realizadas no cumprimento da lei", afirmou o vice-ministro da Justiça, Francesco Paolo Sisto.
    De acordo com o magistrado, "o assédio sistemático contra sedes institucionais ou monumentos históricos é um sintoma de falta de sentido cívico e de respeito pela comunidade que não pode de forma alguma ser legitimado".
    Na semana passada, o grupo já havia feito outra mobilização no centro de Roma. Na ocasião, os ativistas do movimento pintaram diversas fachadas de lojas de luxo para pedir apoio à campanha do Fundo de Reparação.
   

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