A Bolívia declarou nesta segunda-feira (9) situação de emergência nacional após o alastramento dos incêndios pelo país. A medida visa acelerar a chegada de ajuda internacional para conter as chamas, que já destruíram ao menos três milhões de hectares em 2024, na pior queimada desde 2010.
Apesar do trabalho contínuo dos bombeiros bolivianos, o fogo continua a se expandir pelo território, gerando alerta também no Paraguai.
Segundo os bombeiros paraguaios, as chamas atingiram uma vasta área da região do Chaco e há risco que se espalhem para uma reserva natural localizada no departamento do Alto Paraguai.
A América do Sul vive uma das piores estações de queimadas de todos os tempos, que vão de agosto a setembro. Neste ano, o cenário teve início ainda no mês de julho em algumas regiões, quadro agravado pela seca.
No Brasil, diversos estados estão em emergência, com os céus cobertos pela fumaça. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os resquícios do fogo no ar chegam a atingir cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 60% do território nacional.
Os meteorologistas alertam que, até o fim da semana, a fuligem produzida no Brasil deve chegar à Argentina e ao Uruguai.
As autoridades também afirmam que grande parte do fogo que cobre a América do Sul tem origem criminosa.
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