O governo italiano previu nesta quarta-feira (28) uma desaceleração de sua economia em 2023, com um crescimento de 0,6% de seu Produto Interno Bruto (PIB), ante 3,3%.
A informação consta na Nota de Atualização do Documento de Economia e Finanças (NADEF), que é um relatório do governo italiano com projeções para as contas públicas.
"O Conselho de Ministros aprovou a Atualização do Documento de Economia e Finanças 2022, que traça o cenário com a legislação em vigor sem definir os objetivos programáticos das finanças públicas para o triénio 2023-2025", declarou o Palazzo Chigi.
Segundo nota oficial, "as previsões são baseadas, como nos documentos de planejamento anteriores, em uma abordagem prudencial e não levam em conta a ação de política econômica que pode ser alcançada com a próxima lei de orçamento e com outras medidas".
No documento, o crescimento estimado do PIB em 2022 é de 3,3%, com revisão para cima em relação às projeções de abril passado (+3,1%).
No entanto, em 2023, a economia da Itália desacelerá e crescerá apenas 0,6% - contra os 2,4% previstos em abril - e depois subirá novamente +1,8% em 2024 e +1,5% em 2025.
As perspectivas econômicas "menos favoráveis são devido à forte contração da economia global e europeia, principalmente ligada ao aumento dos preços de energia, inflação e situação geopolítica".
A atualização do documento também destaca "um aumento na trajetória da inflação e do crescimento salarial, mas ainda se espera que a taxa de inflação comece a cair até o final deste ano".
O déficit italiano, por sua vez, cairá este ano para 5,1%, comparado a 7,2% em 2021 e abaixo da meta previamente estabelecida de 5,6%, indicada em abril passado. Já a dívida experimentará uma "redução líquida" em 2022 para 145,4% do PIB - de 150,3% em 2021 -, ainda mais do que a estimativa de abril (146,8%).
A trajetória descendente continuará nos anos seguintes até atingir 139,3% em 2025: em 2023 a dívida está estimada em 143,2% (de 145% da estimativa de abril) e em 2024 para 140,9% ( de 143,2% na última previsão).
"O governo conclui o seu trabalho numa fase muito complexa a nível geopolítico e econômico, mas com sinais claros de renovado dinamismo para a economia italiana", escreveu o ministro da Economia, Daniele Franco, na introdução do documento.
"A esperança é que, num contexto de redução gradual do déficit e da dívida pública, a recuperação econômica iniciada após a crise pandêmica continue e se consolide, suportada por investimentos privados e públicos, taxas de emprego mais elevadas e uma produtividade mais dinâmica", concluiu ele. (ANSA)
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