(ANSA) - O ano de 2023 deve ser marcado por uma recessão global, com a economia que continuará a ser afetada por tensões geopolíticas e com grandes bancos centrais continuando seus controles monetários pesados. Essa é a conclusão da pesquisa Chief Economists Outlook publicada no âmbito do Fórum Econômico Mundial que ocorre em Davos, na Suíça.
O levantamento mostrou que cerca de dois terços - o dobro de setembro do ano passado - dos economistas consultados consideram a recessão global "como extremamente provável" e 100% deles afirmaram que esperam um crescimento mundial "fraco" ou "muito fraco".
Já entre os CEOs, conforme outro estudo divulgado em Davos, o Annual Global CEO Survey, três em cada quatro estão convictos que a economia global ficará no negativo nos próximos 12 meses enquanto 40% veem impactos até na próxima década.
Itália
Também por conta do Fórum de Davos, a ONG Oxfam divulgou seu estudo anual sobre as diferenças e desigualdades sociais, e apontou que dois terços de todas as novas riquezas geradas no mundo nos últimos dois anos foram acumulados por apenas 1% da população.
Na Itália, o estudo mostrou que os 10% mais ricos da população tinham seis vezes a riqueza da metade mais pobre da população no fim de 2021. A quantidade de famílias em pobreza absoluta, na comparação entre 2005 e 2021, "mais do que dobrou" e a inflação atual vem causando uma "grave erosão" no poder de compra dos italianos.
Outro dado trazido pela Oxfam na Itália é que os salários reais nos primeiros nove meses do ano analisado caíram 6,6 pontos percentuais.
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