Uma sonda da Nasa, a agência espacial norte-americana, atingiu na última segunda-feira (26) um asteroide a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra em um teste para tentar desviar sua trajetória.
O experimento foi realizado pela Nasa para averiguar a capacidade de alterar a trajetória de corpos celestes que poderiam entrar futuramente em colisão com a Terra. A agência, por sua vez, confirmou que não existe nenhuma ameaça do gênero conhecida atualmente.
O teste espacial, que teve apoio do minissatélite italiano LiciaCube - financiado pela Agência Espacial Italiana (ASI) -, fez parte da missão Dart (Missão de Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário). Na oportunidade, a sonda acertou o asteroide Dimorphos a cerca de 22 mil km/h.
O momento da colisão foi muito celebrada pelas pessoas presentes no centro de controle da Nasa, que aplaudiram o sucesso da missão. No entanto, os especialistas só vão saber se a trajetória do asteroide foi modificada nas próximas semanas ou meses.
Este foi o primeiro teste do gênero realizado na história e o LiciaCube estava a menos de mil quilômetros de distância do asteroide. Logo após o impacto, o minissatélite agiu como um fotojornalista cósmico para captar imagens detalhadas da colisão.
"O impacto foi espetacular. A tecnologia de mira SmartNav da sonda Dart funcionou perfeitamente. Aqui em Turim acompanhamos com emoção o fim da missão da Nasa, com a consciência de que, entretanto, nosso pequeno repórter documentava um momento histórico: a primeira alteração do estado orbital de um corpo celeste", declarou à ANSA Simone Pirrotta, chefe da missão LiciaCube.
As primeiras imagens do teste de defesa planetária já estão sendo processadas e serão visíveis nos próximos dias. Pirrotta declarou que pelo menos quatro imagens "muito interessantes" já foram baixadas pelos especialistas.
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