A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou nesta quarta-feira (23) dois italianos entre os novos astronautas reservas da instituição. Trata-se de Andrea Patassa, 31 anos, de Spoleto, e Anthea Comellini, 30 anos, natural de Chiari, na província de Brescia.
A lista com os nomes dos astronautas que irão treinar para futuras missões espaciais foi apresentada em Paris pelo diretor-geral da agência, Joseph Aschbacher.
Ao todo, a ESA selecionou cinco novos astronautas, sendo duas mulheres e três homens, além do primeiro "parastronauta" com deficiência. São eles: Sophie Adenot (França), Pablo Álvarez Fernández (Espanha), Rosemary Coogan (Reino Unido), Raphael Liégeois (Bélgica), Marco Sieber (Suíça).
Já o primeiro parastronauta é John McFall (Reino Unido). "Espero poder inspirar outras pessoas", disse o britânico. "Quero mostrar que a ciência e o espaço são para todos."
Os astronautas italianos classificaram a escolha como "uma sorte" e "uma honra", e, "embora saibam que, como reservas, poderiam enfrentar uma longa espera antes de embarcar em uma missão, admitem que o sonho é poder voar".
Com Comellini e Patassa, há um total de quatro astronautas italianos na ESA, incluindo os veteranos Luca Parmitano e Samantha Cristoforetti.
"Sinto gratidão. Foram 22 mil pessoas que se candidataram a esta vaga e muitas delas, embora excepcionais, não estão aqui hoje porque não passaram na seleção final. Também nos sentimos sortudos porque estar aqui é uma oportunidade única e uma honra para o futuro que esperamos para um vôo" afirmou Comellini.
Para Patassa, no entanto, este é "um sonho que se tornou realidade" e é "como se tornar o Homem-Aranha". "Com certeza é a maior emoção que já senti na vida", disse à ANSA.
Estação Gateway -
Hoje, a Itália também obteve o "compromisso formal" da ESA de que um dos dois astronautas italianos da turma de 2009, Samantha Cristoforetti ou Luca Parmitano, participará da missão a bordo da Lunar Gateway, futura estação espacial na Lua, entre 2025 e 2030.
A informação foi confirmada por fontes da Agência Espacial Italiana (ASI) no final da Conferência Ministerial da ESA em Paris.
Além disso, foi divulgado que o sistema de telecomunicações para a Lua falará italiano. Batizado de "MoonLight", esta é a nova contribuição europeia ao programa Artemis da NASA.
"A estratégia de investimento adotada pela Itália nesta reunião ministerial visava consolidar o posicionamento nacional global na Europa e aumentar as oportunidades para a Itália competir em setores de alto crescimento do espaço, como, entre outros , Observação da Terra, Exploração Humana e Robótica, Transporte Espacial", explicou o presidente da Agência Espacial Italiana (ASI), Giorgio Saccoccia.
Durante os dois dias, a delegação italiana trabalhou nos principais temas que a ESA tem proposto nesta rodada de negociações. Em particular, a Itália terá um papel preponderante na retoma do programa de exploração marciana ExoMars, que permitirá à Europa aterrissar em Marte.
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