Empresas estão lentamente retomando suas atividades após a pane informática que paralisou sistemas no mundo todo na última sexta-feira (19).
Bancos, hospitais e companhias aéreas estão entre as categorias mais atingidas pela falha na atualização de um software da companhia de segurança cibernética CrowdStrike, cujo CEO, George Kurtz, pediu desculpas pela interrupção do serviço e disse que o problema foi corrigido.
No entanto, segundo ele, ainda pode ser necessário "um pouco de tempo" antes que os sistemas voltem à normalidade. No setor de aviação civil, cerca de 6,9 mil voos foram cancelados na sexta, 6,2% de todas as viagens programadas, segundo a rede britânica BBC.
A falha atingiu apenas usuários da Microsoft, o que poupou a China dos transtornos, uma vez que o país não depende dos sistemas da multinacional americana, ao contrário de boa parte do Ocidente.
A pane evidenciou que muitas empresas não estão preparadas para implantar planos de emergência contra eventuais falhas informáticas, bem como a dependência em relação a um grupo restrito de multinacionais de tecnologia.
8,5 milhões de dispositivos afetados
A pane cibernética causada por uma falha de atualização em um software da CrowdStrike atingiu quase 8,5 milhões de dispositivos Microsoft.
O número foi divulgado pela própria multinacional americana, que, em uma mensagem na internet, disse que essa cifra representa menos de 1% de todas as máquinas com sistema operacional Windows.
"Desde o início deste evento, mantivemos uma comunicação contínua com nossos clientes, a CrowdStrike e desenvolvedores externos para coletar informações e acelerar as soluções", afirmou a Microsoft.
A empresa reconheceu os transtornos "que o problema causou em empresas e na rotina de muitos indivíduos" e salientou que seu objetivo é "fornecer aos clientes suporte para restabelecer em segurança os sistemas interrompidos".
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