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James Webb vai observar asteroide que pode atingir Terra

James Webb vai observar asteroide que pode atingir Terra

Chances de corpo celeste colidir com o planeta são de 2,2%

MILÃO, 10 de fevereiro de 2025, 14:05

Redação ANSA

ANSACheck
Representação artística de asteroide perto da Terra - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Representação artística de asteroide perto da Terra - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Enquanto continua a dança de números sobre a possibilidade de o asteroide 2024 YR4 atingir a Terra em 2032, o telescópio espacial James Webb, o mais potente da história da humanidade, será usado no início de março para estudar melhor o corpo celeste.


    O asteroide foi descoberto em dezembro passado e possui entre 40 e 90 metros de largura.

Segundo o último boletim da Nasa, a agência espacial americana, as chances de o 2024 YR4 colidir com o planeta daqui a sete anos são de 2,2%, quase o dobro da estimativa inicial, de 1,2%.
    Até o momento, no entanto, os astrônomos puderam estudar o asteroide somente por meio da luz visível que ele reflete do Sol. De forma geral, quanto maior o corpo celeste, mais luminoso ele é, mas essa relação pode ser influenciada pela capacidade de reflexão de sua superfície.
    O 2024 YR4 pode ter 40 metros e refletir muita luz ou ter 90 metros e refletir pouca luz. Por outro lado, o James Webb é capaz de fornecer dados mais precisos ao analisar os raios em infravermelho refletidos pelo corpo celeste.
    O primeiro ciclo de observações está previsto para o início de março, quando o asteroide estará no máximo de sua visibilidade. Um segundo ciclo será realizado em maio para analisar as mudanças de temperatura no 2024 YR4 enquanto se afasta do Sol e mensurar a rota do asteroide antes que ele desapareça da nossa vista até 2028.
    De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), a possibilidade de impacto com a Terra é "muito reduzida", e as dimensões do asteroide fazem crer que os impactos de uma eventual colisão teriam "escala local". "Mas a situação é bastante significativa para justificar a atenção da comunidade global", disse a ESA.
    Especialistas estimam que um possível impacto poderia ocorrer em um corredor que atravessa o Oceano Pacífico oriental, a parte setentrional da América do Sul, o Oceano Atlântico, a África, o Mar Arábico e a Ásia meridional.
   

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