A 59ª Exposição Internacional de Arte de Veneza, que será realizada entre 23 de abril e 27 de novembro na cidade italiana, terá como tema "Il latte dei sogni" ("O leite dos sonhos", em tradução livre) e detalhes do evento foram apresentados em coletiva nesta quarta-feira (2).
A mostra terá a curadoria de Cecilia Alemani e será organizada pela Biennale di Venezia, sob o comando do presidente Roberto Cicutto.
O patrocinador oficial do evento será a illycaffè.
#BiennaleArte2022 @ceciliaalemani: “#TheMilkOfDreams takes its title from a book by #LeonoraCarrington in which the Surrealist artist describes a magical world where life is constantly re-envisioned through the prism of the imagination.” pic.twitter.com/GnBCBwHLx5
— La Biennale di Venezia (@la_Biennale) February 2, 2022
O evento contará com 1.433 obras de 213 artistas de 58 países diferentes - sendo 26 deles italianos. O principal mote será questionar as transformações humanas, à luz também das últimas grandes crises, como a pandemia de Covid-19, as relações com pessoas diferentes, com a natureza e com as tecnologias.
Em particular, haverá a representação dos corpos e as suas metamorfoses, as relações entre indivíduos e a tecnologia e as ligações que unem os corpos à Terra.
Segundo Alemani, a ideia do tema da mostra veio após muitas conversas com artistas sobre os tempos que a humanidade está vivendo.
"A mostra 'Il latte dei sogni' foi baseada no título do livro de Leonara Carrington, no qual a artista surrealista descreve um mundo mágico no qual a vida é constantemente reinventada pelo prisma da imaginação e no qual é permitido mudar, transformar-se e virar outro de si", explicou.
Alemani ressalta que a mostra "não é sobre a pandemia, mas registra inevitavelmente as convulsões dos nossos tempos".
"Nesses momentos, como ensina a história da Bienal de Veneza, a arte e os artistas que ajudam a imaginar novas formas de coexistência e novas infinitas possibilidades de transformação", acrescentou.
Para Cicutto, a "mostra de Cecilia imagina novas harmonias, convivências até agora impensáveis e soluções surpreendentes porque toma distância do antropocentrismo".
"É uma viagem que no fim não há perdedores, mas são configuradas novas alianças geradas pelo diálogo entre diversos seres (alguns talvez produzidos por máquinas) com todos os elementos naturais que o nosso planeta (e talvez outros) nos apresenta", acrescentou.
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