O Parque Arqueológico de Pompeia terá um novo projeto destinado a colocar a arqueologia também a favor de cultivos biológicos e na proteção do ambiente, com a recuperação de áreas abandonadas e o controle de locais sujeitos às escavações clandestinas, batizado de "Empresa Agrícola Pompeia".
Com uma marca própria, a qual poderá ser usada também nas produções que circundam a cidade antiga destruída pelo vulcão Vesúvio em 79 d.C., o projeto prevê o cultivo de 60 hectares de campos e espaços verdes dos três sítios arqueológicos - Pompeia, Stabiae e Boscoreale - com vinhedos plantados e tratados com os métodos originais dos moradores que ali viviam.
Além dos cultivos nessas áreas, também será feito o mesmo projeto no Polverificio Borbonico, em Scafati, no qual, no imenso pátio abandonado, foi encontrada no último ano uma plantação de cannabis gerida por grupos criminosos da área sem que as instituições tivessem conhecimento. A ideia é que nesses locais, a produção da uva seja também vendida para os visitantes.
"Como nós não temos experiência nesse assunto, criaremos uma parceria com empresas especializadas que trabalharão nisso", explicou o diretor-geral do Parque Arqueológico de Pompeia, Gabriel Zuchtriegel, ao lado do general dos carabineiros, Giovanni Di Blasio, do conselheiro de administração do Parque, Pierpaolo Forte, e pelo responsável da manutenção dos espaços verdes do Parque, Paolo Michetto.
Para isso, foi publicado um aviso internacional, que vale até o dia 26 de agosto, para quem quer se tornar um parceiro privado apto a gerir de maneira conjunta os terrenos destinados a serem vinhedos e ao ciclo de produção do vinho.
Atualmente, os visitantes de Pompeia já passeiam por reproduções fiéis dos cultivos aos pés do Vesúvio e veem desde a floração até os frutos. Aos cerca de dois hectares de vinhedos já existentes nas regiões I e II do sítio de Villa Regina, em Boscoreale, serão adicionados mais cinco hectares de novas plantas de excelência manejadas segundo as regras exclusivas da luta biológica, com cultivos em forma de varas e de mudas tanto em espaldeira como nos terraços.
Também esse será o local onde será criada uma empresa para produção, engarrafamento e refino dos vinhos e que levará a bebida para ser vendida dentro do Parque Arqueológico de Pompeia.
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