A organização do Festival de Cinema de Veneza anunciou nesta quinta-feira (25) que a 79ª edição do evento vai chamar a atenção e expressar solidariedade aos cineastas que estão sob ataque no mundo, incluindo os que foram presos neste último ano ou ainda estão detidos.
A homenagem será feita por meio de duas iniciativas agendadas para a semana do festival: no dia 3 de setembro será realizado um painel internacional, enquanto no dia 9 haverá um flash mob.
A programação ocorrerá em colaboração com a Coalizão Internacional de Cineastas em Risco (Icfr) e tem como objetivo conscientizar a imprensa, os governos e as organizações humanitárias mundiais sobre a situação dos cineastas privados de liberdade de expressão.
No dia 3 de setembro, o painel contará com a participação do diretor da exposição, Alberto Barbera; da croata Vanja Kalurdjercic, diretora do Festival Internacional de Cinema de Rotterdam; da produtora turca Nadir Öperli; de Orwa Nyrabia, diretor de um festival de documentários independentes; e de Mike Downey, presidente da European Film Academy, além de um cineasta iraniano.
Os argumentos e objetivos do painel serão informar sobre a situação dos cineastas atualmente perseguidos ou presos no mundo; expressar solidariedade e preocupação com o seu futuro; apontar a necessidade de mobilização do mundo do cinema; e discutir possíveis ações da comunidade internacional.
Os cineastas e artistas presentes na exposição serão, portanto, convidados a participar do flash mob no tapete vermelho do Palazzo del Cinema na sexta-feira, 9 de setembro, em apoio ao cineasta Jafar Panahi e outros diretores iranianos perseguidos.
O flash mob acontecerá pouco antes da estreia mundial em Veneza de "No Bears", de Panahi, um dos diretores mais aclamados do Irã que foi detido em Teerã no mês passado e atualmente cumpre uma sentença de seis anos de prisão.
A 79ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza acontece entre 31 de agosto e 10 de setembro. (ANSA)
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