O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) inaugurou neste sábado (15) a exposição "Luca Vitone - Eu, Villa Adriana", que aborda as incursões do artista italiano em um dos conjuntos arquitetônicos mais emblemáticos da Roma Antiga: a vila do imperador Adriano em Tivoli, que data do século 2 depois de Cristo.
A mostra apresenta nove telas de grandes dimensões deixadas por meses em diversos lugares da Villa Adriana, delegando ao tempo e às condições atmosféricas a tarefa de produzir as imagens.
Com isso, os quadros registram em sua superfície espécies de "autorretratos" do sítio arqueológico.
Com curadoria de Anne Palopoli, do Museu Maxxi de Roma, e Andrea Bruciati, do Instituto Autônomo Villa Adriana e Villa d'Este (VILLÆ), a exposição também exibe os "Capricci", quatro gravuras da vila concebidas por Giovanni Battista Piranesi (1720-1778), sobre as quais Vitone inseriu notas à mão.
Alguns achados da Villa, como três painéis com fragmentos de reboco pintado e uma estátua representando a divindade egípcia Horus em forma de falcão, trazem à mostra a atmosfera encontrada pelo artista no conjunto arquitetônico.
Completa a exposição uma obra realizada com a poeira recolhida no Observatório de Roccabruna, lugar onde o imperador Adriano realizava seus estudos astronômicos.
Realizado em colaboração com o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo, com apoio do Consulado Geral da Itália na capital paulista, o evento fica em cartaz no MAC-USP, em frente ao Parque do Ibirapuera, até 29 de janeiro de 2023, com entrada gratuita.
A visitação acontece de terça a domingo, das 10h às 21h, e é necessário apresentar comprovante de vacinação contra a Covid-19. (ANSA)
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